“O Doutor Fidel Castro Díaz-Balart, que vinha sendo acompanhado por um grupo de médicos há vários meses devido a um profundo quadro depressivo, acabou com a própria vida na manhã do dia um de Fevereiro”, noticiou o Granma, diário oficial de Cuba.
Fidel Ángel Castro Díaz-Balart nunca ocupou funções políticas no aparelho dominado pelo pai. Formado em engenharia nuclear na antiga União Soviética, doutorou-se em Ciências Fisico-Matemáticas no Instituto de Energia Atómica I. V. Kurchatov, um dos principais centros de pesquisa atómica da URSS, e onde foi investigador.
Regressado a casa, foi secretário executivo da Comissão de Energia Atómica de Cuba entre 1980 e 1992. O seu principal projecto para a ilha era a central nuclear de Juraguá, uma infraestrutura que deveria ser instalada a oeste da Baía de Cienfuegos. O colapso da União Soviética foi uma sentença de morte para a cidade nuclear, que não chegou a ser concluída.
Nunca foi apontado para cargos políticos na hierarquia cubana, mas tinha para o país planos relativamente ao desenvolvimento das energias renováveis, tarefa que nunca chegou a levar por diante e que, de acordo com um académico seu amigo, lhe provocou alguma amargura por ser colocado de lado no que respeitava à polítca energética cubana.
“Eu imagino a deceção que foi para ele”, confessou Jonathan Benjamin-Alvarado em declarações registadas pela Reuters.
Fidel Ángel Castro Díaz-Balart era fruto do breve casamento de Fidel Castro com Mirta Díaz-Balart, filha de um proeminente político da ilha antes da revolução encabeçada pelo seu pai.
A família da sua mãe fugiria para os Estados Unidos e ele próprio cresceu nos primeiros anos de vida na Florida. O seu primo Mario Díaz-Balart, um congressista norte-americano, é um dos maiores críticos da governação cubana das últimas décadas.
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